O poder das telenovelas brasileiras.
Acho sinceramente que as gerações passadas levaram muito a sério a novela O Bem-Amado, escrita por Dias Gomes, produzida pela Rede Globo e levada ao ar de 24 de janeiro a 9 de outubro de 1973, e todos sem exceção, tentam se inspirar no famoso Prefeito Odorico Paraguaçu e suas metodologias modernas para governar a cidade de Sucupira.
Hoje por onde olho seja nas assembléias legislativas de qualquer Estado da Federação, seja no Senado Federal, na Câmara dos Deputados, no Palácio da Alvorada, ou mesmo na Esplanada dos Ministérios, por onde olho, só vejo Odorico Paraguaçu por todos os cantos, uma verdadeira legião.
Virou uma epidemia, uma febre nacional, nem mesmo Xuxa, ou Pelé ganharam tantos adeptos.
A farra é tão boa, tão boa, que procure um senador da República que more em um apartamento funcional simples, sem luxo.
São mansões faraônicas, com segurança de dar inveja a qualquer presídio de segurança máxima no Brasil.
Carros elegantes e confortáveis, comida da boa, empregados, viagens para genros, netos, filhos, noras, sogras, e são viagens nacionais e internacionais, vinho do porto, a melhor champanha francesa, Uísques só 12 e 18 anos, custeados pelo dinheiro público. O seu dinheiro, o meu dinheiro, o nosso suado dinheirinho.
Isso me faz perceber a força das telenovelas brasileiras, hoje terá mais uma exibição de um capítulo do “O Brasil amado” (nova versão para a novela global, inventada pela classe política nacional), compre pipoca e guaraná, cheguem cedo porque a sessão esgota rápido, e preparem-se para rir, porque somente nós brasileiros temos o poder de rir de nossa própria tragédia.
Salvem o eterno Odorico Paraguaçu e sua escola invejável.
Darcy Ribeiro, Ulisses Guimarães e Tancredo Neves devem estar muito orgulhosos com o novo rumo do Congresso Nacional.
Viva Hugo Chaves!!!
Por Anderson Leite Lima.
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